sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Aqui mora o menor casal do mundo!




Foto: Anderson Tozato/O Estado

Trocar uma lâmpada em casa torna-se uma aventura arriscada.

O menor casal do mundo mora em Curitiba. Cláudia e Douglas da Silva entraram para o livro dos recordes em 1998. Ele tem 36 anos e 89,5 centímetros. Ela, aos 33 anos, mede 92,5 centímetros. Eles são casados há sete anos e não pensam em ter filhos.

“Quando eu lembro do tempo em que me revoltava e que podia ficar sozinha pra sempre agradeço a Deus por ter encontrado o Douglas”, declara Cláudia. Ela fala da adolescência, do tempo em que freqüentava a escola e fugia para o maternal sempre que batia o sinal do recreio.

“As crianças pequenas não me excluíam”, explica. A pressão social foi mais forte que a vontade de estudar. Os dois terminaram o primeiro grau e preferiram se profissionalizar. Ela faz bordados em roupas de dança do ventre. Ele é design gráfico.

Na casa onde o casal mora algumas peças foram adaptadas. A máquina de costura ganhou pedais feitos com caixa de madeira; o computador fica numa bancada que já foi móvel de pia; o fogão de embutir fica direto no chão e o varal tem apoio de hastes para ficar mais baixo. E pra tudo eles usam escada ou banquinho. Até para lavar as mãos na pia do banheiro.

Lâmpadas

Para casos extremos, como a troca de lâmpadas, as soluções são perigosas. Douglas precisou subir em dois bancos, apoiados em cima da mesa de jantar, para realizar o serviço. “Pior é que tive vertigem e quase caí lá de cima”, conta.

Fora de casa as dificuldades são maiores. “A gente leva mais tempo para percorrer as distâncias e pegar ônibus é uma dificuldade”, explica Cláudia. Lembrando, Douglas emenda: “Pelo menos não pagamos passagem”.

O bom humor é arma do casal. “Você já imaginou se a gente fosse ligar para cada vez que alguém apontasse pra gente ou ficasse olhando? Não iríamos mais sair de casa”, diverte-se Cláudia. A única exceção é a troca de carinhos. Segundo eles todo mundo torce para vê-los se beijando em público, mas eles odeiam chamar tanta atenção.

“Se as pessoas já têm curiosidade nos vendo de mãos dadas, imagine se a gente se agarrasse em público. Isso só dentro de casa e com muita privacidade”, diz Cláudia, já sendo interrompida pela vizinha. Pela janela ela espia o cotidiano do casal. Douglas, paciente, justifica: “É difícil não chamar atenção quando se é tão menor do que a maioria”.

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