segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A PISCINA E A CRUZ



Um de meus amigos ia toda quinta-feira à noite a uma piscina coberta.
Ele sempre via ali um homem que lhe chamava a atenção: ele tinha o
costume de correr até a água e molhar só o dedão do pé. Depois subia no
trampolim mais alto e com um esplêndido salto mergulhava na água.
Era um excelente nadador.
Não era de estranhar, pois, que meu amigo ficasse intrigado com esse
costume de molhar o dedão antes de saltar na água.
Um dia tomou coragem e perguntou-lhe a razão daquele hábito.
O homem sorriu e respondeu: “Sim, eu tenho um motivo para fazer
isso. Há alguns anos, eu era professor de natação de um grupo de homens.
Meu trabalho era ensiná-los a nadar e a saltar de trampolim. Certa
noite, não conseguia dormir e fui à piscina para nadar um pouco; sendo o
professor de natação, eu tinha uma chave para entrar no clube.
Não acendi a luz porque conhecia bem o lugar. A luz da lua brilhava
através do teto de vidro.
Quando estava sobre o trampolim, vi minha sombra na parede em
frente. Com os braços abertos, minha silhueta formava uma magnifica cruz.
Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando aquela imagem.
O professor de natação continuou: Nesse momento, pensei na cruz de Jesus
Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão, mas quando criança
aprendi um cântico cujas palavras me vieram à mente e me fizeram recordar
de Jesus.
“Não sei quanto tempo fiquei parado sobre o trampolim com os braços
estendidos e nem compreendo por que não pulei na água. Finalmente voltei,
desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a
escada e meus pés tocaram o piso duro e liso... na noite anterior haviam
esvaziado a piscina e eu não tinha percebido”!
“Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado,
seria meu último salto. Naquela noite, a imagem da cruz na parede salvou
a minha vida. Fiquei tão agradecido a Deus - que por me amar permitiu que
eu continuasse vivo – que me ajoelhei na beira da piscina. Tomei consciência
de que não somente a minha vida física, mas minha alma também precisava
ser salva. Para que isso acontecesse, foi necessária outra cruz, aquela na
qual Jesus morreu para nos salvar. Ele me salvou quando confessei os meus
pecados e me entreguei a Ele”.
“Naquela noite fui salvo duas vezes, física e espiritualmente. Agora
tenho um corpo sadio, porém o mais importante é que sou eternamente
salvo. Talvez agora você compreenda porque eu molho o dedão antes de
saltar na água”.

A HISTÓRIA DA CAMISA



Um homem vivia angustiado, triste, não sentia alegria em nada e muito
infeliz resolveu procurar um psiquiatra, médico da moda, para resolver o seu
problema. Depois de muitas sessões sem resultado o médico lhe recomendou uma
viajem de turismo, onde ele teria oportunidade de conhecer outras pessoas, outros
lugares, no ambiente descontraído e pudesse então se sentir melhor. O cliente
desanimado lhe disse:
— Doutor, eu acabo de chegar de uma viagem ao redor do mundo. Conheço
todos os países e continuo na mesma, não acho graça em nada!
Pensando um pouco, o médico lhe disse: - Tem um circo na cidade, onde o
palhaço é ótimo, arranca gargalhadas da platéia. Vá ao circo e você passará algumas
horas felizes.
O homem respondeu calmamente:
— Doutor, o palhaço do circo sou eu!
O psiquiatra tirou da gaveta um bloco de receitas e escreveu: “Procure e
traga-me a camisa de um homem feliz”.
O homem saiu pela cidade à procura da camisa. Primeiramente procurou no
melhor bairro da cidade, nas casas mais bonitas. Bateu na primeira casa. Foi atendido
pelo mordomo que lhe mandou entrar. Num momento vem descendo as escadas
um senhor de terno preto, cabisbaixo e ele foi logo perguntando:
— O senhor é feliz?
— Como, meu bom homem? Acabo de perder minha esposa, companheira
fiel de quase 40 anos!
O homem pediu licença e saiu. Bateu em outra casa, da mesma maneira foi
recebido e foi logo perguntando ao dono:
— O senhor é feliz?
— Feliz? Qual nada! Minha esposa e eu somos casados há vinte anos e não
temos filhos. Nossa vida caiu numa rotina sem objetivo e sem ideal.
— Chegou em outra casa onde tinha um belo jardim com crianças brincando,
com o pai saindo apressado com uma pasta na mão. Foi logo perguntando:
— O senhor é feliz?
— Como feliz, com tantos filhos com colégios caríssimos, nossa casa esta
hipotecada, não podemos nem mais pagar uma empregada. Estamos desesperados!
Andando pela rua, já quase desanimado, viu um casal se dirigindo a um
carro, com o motorista a espera. Gentilmente o marido beijou a esposa, abriu-lhe a
porta do carro e ficou acenando, vendo-a sair para as compras.
— O moço é muito feliz, não? perguntou-lhe o homem.
— Feliz? Eu? Qual nada! Entre minha esposa e eu, existe um abismo enorme!
Não nos entendemos mais. Acabou o amor, acabou tudo!
— Mas como? O senhor me pareceu tão carinhoso!
— Eu sou político... tenho que manter as aparências. O senhor entende “né”?
Já cansado de andar, o homem foi para o campo. Não demorou em encontrar
uma casinha de sapé, junto de uma pequena roça, algumas galinhas, cachorro...e
umas crianças brincando. Foi chegando. O dono da casa, sentado num “toco” de
árvore, fazia um cigarro de palha, olhando as crianças, a natureza...
— Vá chegando, patrão!
O homem da cidade foi logo perguntando: - O senhor é feliz?
O caboclo, calmamente, tirou o chapéu e olhando para o alto, respondeu:
— Muito feliz, graças a Deus!
— Mas como? Por quê?
— Este rancho é meu! Esta roça, eu quem fiz, com a graça de Deus e o meu
trabalho, ela alimenta a minha família o ano todo. Minhas crianças têm saúde, são
como raios de sol na nossa vida! Sinta o cheirinho do feijão que minha patroa tá
fazendo prá nóis. Que mais eu poderia querer? Sou muito feliz, sim senhor!
— Por favor, meu bom homem, empresta-me sua camisa; é receita médica!
— Gostaria muito de poder ajudá-lo, mas não posso. Eu não tenho camisa.
Ser feliz, é aceitar a própria vida.

MEU NOME É JOÃO



Numa pequena aldeia, havia uma capela rodeada de casas simples e
moradores piedosos.
Toda manhã, logo cedinho, o sacristão abria a Capela para limpeza e
sempre, ao lado de fora, um morador aguardava a porta ser aberta para
entrar, ia direto ao sacrário e, na sua simplicidade, dizia somente:
__ Senhor, meu nome é João.
Todo o dia a mesma cena se repetia.
Passados meses e anos, eis que corre a notícia que o João estava
passando muito mal, acometido de grave doença. O Pároco se apressou em
pegar os Santos Óleos para levar a Unção ao moribundo. Qual não foi a sua
surpresa ao encontrar o João com boa aparência, comendo e feliz. Ao indagar
de João o que lhe havia acontecido, este lhe explicou:
__ Não entendi bem! Eu não podia me mexer mais; de repente, entrou
no meu quarto um homem barbudo e disse: “João, meu nome é Jesus!”
A originalidade da oração de João dá-nos a certeza de que somos o que somos e
divinamente importantes e amados por Deus. Por isso devemos nos apresentar a Jesus,
que nos apresenta ao Pai, pedindo força e coragem para sermos diferentes e não nos
conformarmos com as regras e padrões do mundo. Jesus é o caminho, a verdade e a
vida. Vamos pensar sempre assim: Sou especial porque sou um filho de Deus.

A CADEIRA VAZIA



Padre Hildebrando saiu para visitar seus doentes, como de costume.
Naquele dia, um detalhe especial chamou sua atenção. Junto à cama de um
dos doentes, deparou com uma cadeira vazia. Intrigado, perguntou:
__ Meu filho, o que faz aí esta cadeira?
Na maior simplicidade, o enfermo falou :
__ Eu coloquei Jesus nessa cadeira e fiquei conversando com ele, antes
de o senhor chegar. Por anos e anos, eu achava extremamente difícil orar,
até que um amigo explicou-me que orar era simplesmente falar com Jesus.
Ele me disse que colocasse uma cadeira vazia, por perto, imaginando Jesus
sentado na cadeira. Que eu falasse com ele, escutando o que ele tinha a me
dizer. Desde então, padre, nunca mais tive dificuldades para rezar.
Alguns dias mais tarde, sua filha foi à casa paroquial para avisar:
__ Reverendo, eu deixei papai sozinho, por umas duas horas. Ele
parecia estar em paz. Quando voltei ao quarto, encontrei-o morto. Notei,
porém, algo estranho. A cabeça de papai descansava não sobre a cama, mas
sobre a cadeira que fica ao lado do seu leito...
O padre entendeu tudo, naquele momento. Emocionado, enxugando
duas lágrimas furtivas, ele disse à garota:
__ Meus sentimentos... e parabéns, minha filha! Seu pai era um santo,
um verdadeiro homem de Deus. Jesus o levou para a felicidade eterna.
Quantos de nós também têm dificuldade para orar. Limitamo-nos a algumas orações
decoradas e vazias. Vamos seguir o exemplo da parábola. Vamos imaginar Jesus sempre
ao nosso lado, ele será o nosso companheiro de vida com o qual partilhamos tudo:
alegrias, tristezas, provações, saudade, dores, vida...
Deus se preocupa com todos e só
Jesus é Salvação.