terça-feira, 3 de maio de 2011

Meditação


Por mais que gostemos da vida no corpo

físico, um dia, todos morreremos, isto é fato.

Morrem os pobres e morrem os ricos.

Foi assim que um dia aquele homem,

que detinha poder e muitas posses,

foi habitar o além.

Foi recebido pelo benfeitor,

encarregado de conduzi-lo

à sua nova residência.

Caminhavam calmamente por um

lugar pitoresco, com ruas calmas, um

gramado extenso e grande variedade

de árvores e jardins.

Ao passarem por uma das casas, o benfeitor

mostrou-a ao homem e lhe disse: “observe!

Aquela é a casa de sua cozinheira.” “Mas ela

ainda não morreu”, respondeu o homem.

Sem dar nenhuma resposta, andaram
por mais algum tempo e o orientador
mostrou outra casinha graciosa e disse:
“essa é a casa do seu jardineiro.”

Ambas eram casas muito agradáveis.

Simples, mas aconchegantes. Jardins

com flores silvestres e pássaros voando

e cantando por entre as borboletas

que pousavam de flor em flor.

Discretos regatos com águas cantantes e
cristalinas cortavam os gramados verdes.

O homem estava muito animado, pois se
seus empregados teriam moradias tão
agradáveis, o que não estaria reservado
a ele, um homem rico e poderoso?

Caminharam por mais algum tempo,
quando o benfeitor parou diante de um
barraco, localizado numa área menos
clara e quase sem nenhum encanto.

Com um gesto gentil indicou ao homem
sua nova residência. O homem teve
um sobressalto. Indignado perguntou
ao orientador:

“como posso eu, um homem rico e
possuidor de muitos bens, morar
agora nesse barraco caindo aos
pedaços? Sem dúvida deve ser
uma brincadeira!”

“Infelizmente não é, meu filho”, falou amavelmente

o benfeitor. E acrescentou: “todas as construções

são feitas com os materiais que vocês nos enviam

diariamente enquanto estão na Terra.

São materiais invisíveis aos olhos físicos,
mas firmes o bastante para construir um
recanto sólido aqui, no mundo espiritual.

Cada gesto nobre, cada boa ação, cada trabalho

realizado com honestidade e desinteresse, são

matérias primas importantes aplicadas nos

tesouros verdadeiros deste lado da vida.”

“Mas como saber disso, se ninguém

me avisou enquanto estava na Terra?”,

objetou o infortunado.

“Ora, meu filho, talvez você tenha esquecido,

mas há mais de dois milênios se ouve falar de

um Homem chamado Jesus, que orientou muito

bem sobre essa questão, recomendando que se

construíssem tesouros no céu, onde nem a traça

come nem os ladrões roubam.”

Pensativo e sem argumentos, o homem
adentrou seu mísero barraco, em busca de
um mínimo de conforto para sua alma inquieta.

REFLETINDO...

Nossos maiores tesouros são as virtudes.

A compaixão, a fraternidade, a solidariedade,

a ternura, o afeto, são elementos importantes

na construção da beleza e da harmonia.

A honestidade, a dignidade, a humildade, a
indulgência e a justiça, são virtudes essenciais
para construções sólidas e indestrutíveis.

Assim sendo, vale a pena investir nesses

tesouros desde hoje, pois a imortalidade não

é uma proposta para ser pensada depois da

morte, é uma realidade para ser vivida hoje.

PENSE NISSO,
MAS PENSE AGORA!

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